5 de jul. de 2017

AGRONEGÓCIO GARANTE A PRESERVAÇÃO FLORESTAL NO BRASIL E TAMBÉM NO ESTADO DE MATO GROSSO.

O Brasil é reconhecido globalmente como um dos principais produtores de alimentos, fibras e agroenergia do mundo. Entretanto, também é caracterizado como um país com altos índices de desmatamento. Entretanto, pesquisa da Embrapa, que compilou dados do CAR – Cadastro Ambiental Rural levantados em mais de 410 milhões de hectares, aponta que a agricultura brasileira contribui efetivamente para a preservação das florestas no país. (https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/car/)
Segundo os dados da pesquisa, o Brasil é também um dos mais efetivos na preservação ambiental. De acordo com o GITE – Grupo de Inteligência Territorial Estratégica da Embrapa, 66% do território nacional ainda estão ocupados com vegetação nativa, sendo que a maior contribuição para a manutenção desta área preservada é dos produtores rurais, que mantém cerca de 176.806.937 hectares preservado dentro de suas propriedades, equivalente a 20,5% do território nacional. Ressalta-se que este percentual tende a aumentar, pois a pesquisa ainda não recebeu os dados territoriais do Espírito Santo e de Mato Grosso do Sul.

 Como parâmetro comparativo, a soma de todas as unidades de conservação cadastradas no CNUC – Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do MMA – Ministério do Meio Ambiente resulta em 1.585.778 Km² divididos em: 546.292 Km² = Áreas de Proteção Integral e 1.039.486 Km² = Áreas de Uso Sustentável, esta área significa 18,62% do território nacional, ou seja, inferior à área preservada dentro das propriedades rurais.
Neste contexto, de acordo com a pesquisa da Embrapa, também apresenta mais áreas protegidas dentro das propriedades rurais do que em Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) somadas. Os dados apresentados pela Embrapa apontam que 19% do território de Mato Grosso, são preservados em áreas protegidas como as UC’s e as TI’s, deste modo, dos 90.319.809,1 hectares do estado, cerca de 17.160.763,73 hectares estão preservados nestas áreas.
Entretanto, segundo aponta a Embrapa, 29,4% da área estadual se mantém preservada no interior das propriedades rurais em função de reservas legais e APP’s, o que é equivalente a 26.554.023,9 hectares, aproximadamente 54,73% superior às áreas protegidas. Se forem computadas, ainda dentro das propriedades rurais, as áreas de vegetação excedente e adjacentes a corpos hídricos, este percentual de áreas preservadas dentro de propriedades rurais pode atingir aproximadamente 36%, ou 32.515.131,3 hectares, podendo representar então cerca de 89,47% a mais que as áreas protegidas em UC’s e TI’s no estado.