22 de fev. de 2019

17 ODS – OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – ODS 7, ENERGIA LIMPA, RENOVÁVEL E ACESSÍVEL

O principal objetivo do ODS 7 é assegurar o acesso à energia para todos, de maneira confiável, barata, sustentável e renovável. É importante, entretanto, ao iniciar este texto, apresentar a diferença entre matriz energética e matriz elétrica: a primeira, matriz energética, é composta pelo conjunto de fontes de energia utilizadas para a combustão de motores, aquecimento de caldeiras, acionamento de termoelétricas, indústrias; a matriz elétrica, de outro modo, é o conjunto de fontes direcionadas somente à produção de energia elétrica. Observa-se então, que a matriz elétrica está contida na matriz energética.
No Brasil, de acordo com dados do IBGE, 99,70% da população brasileira possui acesso à eletricidade. Em 2017, foram consumidos 467.161 Gigawhats(GWh) de energia elétrica no Brasil, abaixo detalhados. Fonte: http://epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/Paginas/Anuario-Estatistico.aspx



A matriz energética brasileira é mais renovável que a matriz energética mundial, as fontes de energia renovável no mundo representam 14% do total – fonte: (http://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletricaano base / 2016), enquanto as fontes de energia renovável no Brasil alcançam 42,9% do total, percentual 206,43% superior ao mundial. Fonte: Balanço Energético Nacional 2018 / ano base 2017).
As fontes não renováveis de energia são, efetivamente, as maiores responsáveis pela emissão dos Gases de efeito Estufa (GEE), deste modo, sendo a emissão brasileira de GEE’s34,30% menor que a mundial, o Brasil dá sua importante parcela  de contribuição para a redução do efeito estufa no mundo.

Dentro do item Lixívia e outras Renováveis, encontram-se três subitens que se evidenciam pelo crescimento maior da oferta no período entre 2016/2017:

Energia Solar– aumento de 875,6%na oferta entre 2016/2017;
Biogás– aumento de 39,5%na oferta entre 2016/2017;
Energia Eólica – aumento de 26,5%na oferta entre 2016/2017.
O Biodiesel teve um aumento de 11,8% no período, destacando-se ainda a queda de 10,4% do Gás Industrial de Carvão Vegetal em 2017 em relação ao ano anterior.
O Óleo Diesel é a fonte de energia mais consumida no Brasil (18,1%), a Eletricidade (17,5%) e o Bagaço de Cana (11,3%) são, respectivamente, os segundo e terceiro mais consumidos.
As indústrias (32,9%) e os transportes (32,7%) (carga e passageiros) são os principais consumidores de energia no Brasil, juntos, estes dois segmentos consomem 65,6% do total da energia usada no país. O setor energético consome 10,1%; as residências 9,7%;  Serviços 4,8%; Agropecuária 4%. Fonte BEN – Balanço Energético Nacional 2018 – Ano Base 2017.
Ainda, de acordo com o BEN 2018, a maior variação no consumo de energia no Brasil no período 2016/2017 foi no setor de transportes, com um incremento de 2,3% em seu consumo neste intervalo de tempo.
No âmbito residencial, as famílias com maiores rendas aumentaram o consumo de eletricidade (0,8%) e GLP – Gás Liquefeito de Petróleo (6,3%); entretanto, as famílias com menores rendas, especialmente em áreas rurais, dependem ainda de fontes de biomassa, como a lenha, que teve um consumo 0,8% maior que no ano anterior. Segundo dados do BEN 2018, 63% da energia consumida em residências no Brasil é oriunda de fontes renováveis.
A matriz elétrica brasileira é majoritariamente renovável, suas fontes somam 80,4% (2017) do total da matriz elétrica do país, valor 252,63% superior ao mundial, que é de 22,8% (2015). Fonte Agência Internacional de Energia (2018).


A geração total de energia elétrica no Brasil teve uma variação de 1,6% no período 2016/2017, alcançando 587.962 GWh, destacando-se o incremento de 875,6% na geração da energia solar neste período, cuja participação na matriz elétrica passou de 0,015% em 2016 para 0,14% um aumento de 833,33%.
Na matriz elétrica brasileira, a maior fonte de geração é a hidráulica, com participação de 65,2% no total; a biomassa participa com 8,2%; as fontes eólicas correspondem à 6,8%; e as fontes solares representam 0,1% e é a fonte com maior crescimento de oferta entre todas.
Um dado importante neste contexto é que a energia solar é a fonte de energia mais importante na micro e mini geração distribuída, fornecendo 46,2% de seu total, com uma participação 96,60% superior à da geração hidráulica. Neste âmbito, da mini e micro geração, apenas 2,5% da geração de energia não é renovável, sendo oriunda do gás natural. Importa destacar também que este tipo de geração teve um aumento de 245,16% entre 2016/2017.
No Brasil, como visto anteriormente, a maior parte da população (99,70%) possui acesso à energia, situação muito diversa da mundial, onde aproximadamente 1 bilhão de pessoas, cerca de  13,33% da população, não possui acesso à eletricidade, ou seja, somente 86,67% da população mundial tem disponibilidade de energia elétrica em suas residências; deste modo, o índice brasileiro de acesso à energia elétrica é 15,03% superior ao mundial.
Importa destacar ainda, neste contexto, a característica fundamentalmente renovável desta oferta de energia à população, enfatizando que 80,4% (2017) da energia elétrica no Brasil é gerada por fontes renováveis; no âmbito global, este índice é de somente 22,8%, demonstrando a supremacia da geração de energia elétrica renovável no Brasil. Neste contexto, sobressai a geração hidráulica, com participação de  65,2% no total da energia elétrica ofertada no Brasil.