6 de out. de 2016

VULNERABILIDADE DAS NAÇÕES EM FUNÇÃO DAS MUDANÇAS AMBIENTAIS.

O mundo passa por intensas mudanças ambientais que afetam em maior ou menor escala a produção global de alimentos. Há as alterações do clima, cada vez mais aceleradas; maior incidência de pragas; escassez de água; degradação de terras aráveis; poluição de solo e água; entre diversos outros fatores que comprometem a produção mundial de alimentos e ameaçam a segurança alimentar das nações.
Importa ressaltar que este cenário de ameaças à produção de alimentos se conjuga a outro, demográfico, de expansão populacional e de maior demanda  por alimentos, em função do aumento de renda e urbanização da população.

Neste contexto, a relação entre os fatores ambientais e o sistema de produção global de alimentos é cada vez mais intensa e interdependente. É clara a relação existente entre a oferta e a procura, elevando preços quando a primeira é menor que a segunda. Todavia, a absorção do impacto   destes preços não é equivalente para todos os países, alguns, os de maior dependência dos mercados externos para o seu abastecimento teriam que absorver um impacto maior. De acordo com estudos realizados pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente a China, por exemplo, perderia o equivalente a 160 bilhões de dólares se os preços dos alimentos duplicassem, algo próximo do PIB da Nova Zelândia, como comparação. Outro país em que uma grande oscilação de preços de alimentos traria um impacto severo seria a Índia. Observa-se que são nações com grande contingente populacional e características muito peculiares, cada qual de um modo, claro.
O PNUMA elaborou um relatório onde especifica os dez países que seriam mais afetados com a duplicação dos preços dos alimentos em nível global, especialmente por sua condição de vulnerabilidade econômica e social. Os principais índices avaliados foram o PIB – Produto Interno Bruto e o IPC – Índice de Preços ao Consumidor.

Ressalta-se que, pelo ranking elaborado, os países mais afetados estão localizados no continente africano, que, historicamente já sofrem com a falta de alimentos, por razões climáticas, históricas e políticas.